Mas então, o paciente com reumatismo pode fazer exercício físicos?
SPOILER: em pouquíssimos casos há contraindicação total à prática de atividade física regular
A atividade física deve sim fazer parte do tratamento, pois os benefícios à saúde são bem comprovados.
Músculos saudáveis + tendões saudáveis = articulações mais sadias.
Além disso, quem está com a estrutura músculo-esquelética em dia, cai menos, tem menos entorses, menos dor e menos fraturas. Tem mais equilíbrio, mais independência nas atividades básicas da vida diária e mais qualidade global de vida.
Trabalhos científicos relacionam atividade física a dose mais baixas de remédios também. Ou seja, pode deixar seu tratamento mais efetivo e mais barato.
E como não podemos separar a saúde do corpo da nossa saúde mental, as pessoas sedentárias tem mais depressão, ansiedade, fadiga, enxaqueca e insônia. O contrário ocorre em que está fisicamente ativo.
No cenário ideal devemos fazer exercícios diariamente, preferencialmente intercalando atividades aeróbicas (caminhada, corrida) com exercícios de força/resistência (como a musculação). Mas cada paciente tem uma necessidade individual e deve ser discutida com o médico assistente.
Outro dado relevante é que os paciente que fazem atividade física acompanhado de um profissional qualificado e individualizado (educador físico, "personal trainer", fisioterapeuta) apresentam melhores resultados.
Quando não fazer atividade física?
Se sua saúde no geral está em dia, e você se sente bem, o recomendado é fazer as atividades físicas mais leves, como a caminhada, até que se tenha uma avaliação médica adequada.
Lembre-se que embora seja comum ter um certo grau de desconforto muscular pós exercício, dor durante atividade geralmente significa que há algo errado. Interrompa o movimento e procure orientação.
Já os pacientes que não estão bem, apresentam quadro de dor intensa ou doença grave reumatológica em atividade, o exercício físico está proscrito (proibido) até que se tenha um diagnóstico adequado e avaliação de risco. Essa consulta pode exigir exames complementares, avaliação da função cardíaca e pulmonar a depender do caso.